Certa vez, quando caminhei entre os homens, recebi uma mensagem urgente: ‘Senhor, aquele a quem amas está enfermo.’ Era Lázaro, meu amigo querido. Maria e Marta, suas irmãs, choravam e clamavam por mim. Mas não cheguei a tempo. Quando alcancei Betânia, Lázaro já estava morto havia quatro dias.

Marta veio ao meu encontro, com os olhos cheios de dor. ‘Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.’ Ah, como compreendi sua angústia! Talvez tu tenhas pensado o mesmo: ‘Senhor, por que não estavas aqui? Por que permitiste essa dor?’

Filho, filha… Eu chorei. Sim, eu chorei. As lágrimas rolaram pelo meu rosto ao ver o sofrimento daqueles que amava. Porque eu sei o peso da saudade, sei como a morte parece definitiva aos olhos humanos. Mas escuta o que te digo agora: a morte não tem a última palavra.

Levei Marta e Maria ao sepulcro de Lázaro. ‘Tirai a pedra’, ordenei. Mas me disseram: ‘Senhor, já cheira mal! Faz quatro dias que ele morreu!’ Oh, quanta dúvida e medo! E não é assim também contigo? O medo do irreversível, a dor do que parece perdido para sempre?

Então, levantei os olhos ao Pai e clamei. ‘Lázaro, vem para fora!’ E eis que aquele que estava morto saiu, envolto em faixas. Porque eu sou a ressurreição e a vida. Todo aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.

Mas talvez tua dor não esteja em um milagre ainda não visto. Talvez teu ente querido já tenha partido e teu coração clame por alívio. Então, ouve-me agora: teu amado não está perdido. A morte não é o fim. O Pai celeste acolheu aquele a quem amas em Seus braços. E um dia, quando o tempo nesta terra tiver cumprido seu propósito, teus olhos se abrirão para uma realidade gloriosa, e será como se nunca houvesse separação.

Filho, filha, não temas. A saudade é o eco do amor que foi plantado, e o amor nunca morre. Ele permanece, atravessa os véus da eternidade e se reencontra na presença de Deus.

Chora, sim, mas não como os que não têm esperança. Porque eu estou contigo. Sempre estive. Sempre estarei. E quando a dor apertar, lembra-te das minhas palavras: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.’

Agora levanta-te, respira fundo e segue. Porque tua história ainda não acabou. E teu ente querido, na presença do Pai, sorri e espera pelo dia do reencontro.

A Origem do “Dia da Ira” na Bíblia

O conceito de um dia de julgamento permeia tanto o Antigo quanto o Novo Testamento. Profetas como Isaías, Ezequiel e Joel descreveram um dia de escuridão, destruição e terror para os ímpios, mas também um dia de redenção para os justos.

• Joel 2:31-32: “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor.”
• Sofonias 1:14-15: “O grande Dia do Senhor está perto… Dia de indignação, dia de angústia e aflição, dia de alvoroço e desolação, dia de trevas e escuridão.”

No Novo Testamento, Jesus Cristo e os apóstolos reforçam a iminência desse dia, exortando os fiéis a se prepararem. O Apocalipse de João detalha os eventos catastróficos que ocorrerão, revelando a dimensão espiritual e cósmica do Dia da Ira.

Os Acontecimentos do Dia da Ira

O Apocalipse apresenta uma sequência de eventos que culminam no Dia da Ira, simbolizando o clímax da batalha entre o bem e o mal. Os principais acontecimentos incluem:

1. Os Sete Selos: Cada selo aberto pelo Cordeiro (Jesus Cristo) desencadeia eventos apocalípticos, como guerras, fome, pestes e terremotos. No sexto selo, há uma descrição clara do Dia da Ira: o sol escurece, a lua torna-se vermelha como sangue, e estrelas caem do céu (Apocalipse 6:12-17).
2. As Trombetas e Taças da Ira: São juízos progressivos que culminam no derramamento completo da ira divina. Os mares são envenenados, as águas tornam-se amargas e o sofrimento humano atinge seu ápice.
3. A Segunda Vinda de Cristo: Jesus retornará como o Rei vitorioso para derrotar os inimigos de Deus e estabelecer seu reino eterno. Os ímpios serão julgados e lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:11-15).
4. O Julgamento Final: Todos, vivos e mortos, comparecerão diante do trono branco de Deus. Os livros serão abertos, e cada um será julgado segundo suas obras. Aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida entrarão na nova Jerusalém, enquanto os condenados enfrentarão a separação eterna de Deus.

Os Sinais Antecedentes

A Bíblia descreve sinais que precederão o Dia da Ira, alertando os crentes sobre a proximidade do evento:

• Desastres naturais: Terremotos, tempestades e fenômenos celestes servirão como sinais visíveis (Lucas 21:11).
• Aumento da impiedade: O amor de muitos se esfriará, e a iniquidade se multiplicará (Mateus 24:12).
• Pregação do Evangelho: Antes do fim, o evangelho será pregado a todas as nações (Mateus 24:14).

A Mensagem de Esperança

Embora o Dia da Ira seja um momento de julgamento, ele também é uma mensagem de esperança para os que confiam em Deus. Os justos serão protegidos e recompensados, e o mal será definitivamente erradicado. Em Apocalipse 21:4, é prometido que Deus enxugará toda lágrima, e não haverá mais morte, tristeza ou dor. A nova criação será um lugar de paz e justiça eterna.

Reflexão e Preparação

O Dia da Ira é um chamado ao arrependimento e à reconciliação com Deus. É um lembrete de que a vida presente é transitória e que nossas escolhas têm consequências eternas. Para os crentes, é um convite à perseverança, fé e esperança na promessa de um futuro glorioso com Deus.

O Dia da Ira não é apenas um evento de destruição, mas também de renovação, onde a justiça triunfará e a bondade divina será plenamente revelada. É o momento em que toda a criação será restaurada, e Deus será tudo em todos.

Confira este vídeo onde Jesus narra O Dia de Irá do Senhor: