Um dos principais abrigos para imigrantes em San Diego está encerrando suas operações e demitindo 115 funcionários devido a uma drástica reviravolta nas políticas federais e mudanças no financiamento desde o governo Trump.

A Jewish Family Service de San Diego (JFS), que há mais de seis anos administrava o abrigo regional, anunciou o fechamento, citando a suspensão das liberações de imigrantes após a queda do aplicativo CBP One em 20 de janeiro.

Fim do fluxo de migrantes? O CBP One, criado no governo Trump e expandido na gestão Biden para permitir agendamentos de entrada nos EUA, era essencial para a movimentação de solicitantes de asilo. Até dezembro de 2023, mais de 936.500 imigrantes haviam utilizado a plataforma para pedidos de liberdade condicional. Com a paralisação do sistema, o abrigo não recebeu novos imigrantes e agora fecha as portas.

Contradição no financiamento: Embora a JFS afirme ter sido impactada por cortes financeiros, registros da FEMA mostram que a organização recebeu mais de US$ 22 milhões em recursos públicos no ano fiscal de 2024.

Impacto na imigração: Segundo o CEO da JFS, Michael Hopkins, o abrigo encerra suas atividades, mas a demanda por assistência jurídica e suporte social para imigrantes vulneráveis continua a crescer em San Diego. A organização agora direciona esforços para oferecer serviços jurídicos pro bono e apoio comunitário.

E agora? Com as mudanças na política de imigração e a incerteza sobre futuras liberações, o fechamento desse abrigo pode ser um marco na política migratória dos EUA. Será o fim dos abrigos temporários para solicitantes de asilo? O que vem a seguir?

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O governo Trump emitiu um alerta contundente: qualquer líder local, incluindo prefeitos, que tente dificultar os esforços de deportação em massa poderá enfrentar prisão, enquanto o presidente e sua equipe intensificam medidas para conter o aumento da imigração ilegal.

Stephen Miller, vice-chefe de gabinete para políticas, foi direto em uma entrevista recente, destacando as consequências legais para autoridades que tentarem proteger imigrantes da deportação. “A lei é explícita: abrigar um estrangeiro ilegal, contrabandear um estrangeiro ilegal, obstruir a aplicação da lei, interferir em processos oficiais ou conspirar contra os direitos dos cidadãos americanos são todos crimes previstos em diversos estatutos federais”, afirmou o conselheiro de Segurança Interna.

Miller ainda reforçou que qualquer tentativa de contrariar os esforços federais de deportação será tratada como uma grave violação da lei, evidenciando a postura rígida do governo Trump sobre o assunto.

“Portanto, se um funcionário público ou uma autoridade eleita for encontrado violando esses estatutos criminais, espero que o Departamento de Justiça atue de acordo com o rigor da lei”, afirmou Miller.

Ele enfatizou ainda: “Ninguém está acima da lei — nem os estrangeiros ilegais, nem aqueles que optam por abrigá-los ilegalmente.”

Nos primeiros dias do governo Trump, o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) realizou uma série de operações que resultaram em mais de 460 prisões de imigrantes ilegais, incluindo indivíduos com históricos criminais envolvendo agressão sexual, violência doméstica e crimes relacionados a drogas e armas.

Entre a meia-noite de terça-feira e as 9h de quarta-feira —, as Operações de Remoção e Fiscalização (ERO) do ICE detiveram mais de 460 imigrantes ilegais. Entre eles, muitos possuem antecedentes criminais por crimes graves, como roubo, arrombamento, agressão agravada, tráfico de drogas, posse de armas, resistência à prisão e violência doméstica.

Os agentes prenderam cidadãos de diversas nacionalidades, incluindo Afeganistão, Angola, Bolívia, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Senegal e Venezuela, reforçando a abrangência das operações em todo o território nacional.

As operações iniciais de imigração já resultaram na prisão e remoção de alguns dos criminosos mais perigosos deste país, incluindo indivíduos envolvidos em pornografia infantil, homicídios e agressões sexuais contra crianças”, afirmou Miller. “Este é apenas o começo de um esforço mais amplo para libertar o país da ameaça representada por criminosos migrantes. Nos próximos dias, haverá uma grande intensificação das atividades de aplicação da lei em todo o território nacional, visando desmantelar essas redes criminosas.”

Miller destacou ainda que o ICE contará com o apoio de “parceiros policiais do FBI, ATF, DEA e US Marshals”, reforçando a cooperação entre agências para o sucesso das operações.

O czar da fronteira, Tom Homan, confirmou que os esforços de deportação começaram na terça-feira, com as autoridades priorizando “os piores criminosos primeiro” para restaurar a segurança pública de forma imediata.

“Em relação às cidades-santuário, elas serão alvos prioritários das operações federais para localizar e remover essas ameaças criminosas,” declarou Miller. “A lei desta nação está sendo restaurada sob a liderança do presidente Trump. A soberania do país está sendo reafirmada, os cartéis estão sendo designados como organizações terroristas e serão eliminados.”

Na quarta-feira, Homan emitiu um alerta severo às autoridades de estados e cidades liderados por opositores que resistem às deportações em massa implementadas pelo governo Trump, deixando claro que essas medidas não serão toleradas.

Na sexta-feira, um tribunal federal de apelações tomou uma decisão crucial contra o programa DACA (Ação Diferida para Chegadas na Infância), uma política introduzida durante a era Obama que concede proteção temporária contra deportação e um possível caminho para a cidadania a imigrantes que entraram nos EUA ainda crianças.

O painel de três juízes do 5º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA, sediado em Nova Orleans, votou por unanimidade que a versão revisada da política, emitida pelo presidente Biden em 2022, excede os poderes do Poder Executivo. Essa decisão, tomada por dois juízes indicados por republicanos e um por democratas, representa mais um golpe no DACA, que já enfrentou inúmeros desafios legais desde sua criação. Cerca de 500.000 jovens, conhecidos como Dreamers, continuam vivendo na incerteza há mais de uma década.

Apesar da decisão, os beneficiários atuais do DACA ainda podem renovar suas permissões temporárias para viver e trabalhar nos EUA, mas novos pedidos permanecem proibidos. Este veredito também abre caminho para que o caso seja levado à Suprema Corte pela terceira vez, aumentando as tensões em meio à iminente posse do presidente eleito Donald Trump, que assumirá o cargo em poucos dias com promessas de endurecer as políticas de imigração, incluindo deportações em massa.

O Legado e os Desafios do DACA

O DACA foi criado em 2012 pelo presidente Obama como uma solução temporária à inação do Congresso em legislar sobre a questão dos imigrantes trazidos ao país ainda na infância. Desde então, o programa enfrentou uma série de batalhas judiciais, incluindo duas decisões importantes da Suprema Corte. Em 2020, o tribunal decidiu que a tentativa do governo Trump de encerrar o programa foi feita de forma inadequada, permitindo sua continuidade.

A versão de 2022 do DACA, revisada pela administração Biden, foi submetida a um processo formal de criação de regras, mas manteve a essência do programa original. Apesar disso, os estados liderados por republicanos, sob a liderança do procurador-geral do Texas, Ken Paxton, questionaram a legalidade do programa. Após a decisão, Paxton declarou que a medida era uma “grande vitória” e expressou entusiasmo em trabalhar com o novo governo para restaurar o “estado de direito” e resolver a crise de imigração ilegal.

Próximos Passos e Implicações

A decisão do 5º Circuito é vista como um marco na batalha legal em torno do DACA e reforça as divisões políticas sobre imigração nos EUA. Enquanto os Dreamers aguardam um desfecho, o caso pode redefinir o futuro de centenas de milhares de jovens que construíram suas vidas nos Estados Unidos.

Com a mudança iminente na liderança do país, a questão do DACA deve permanecer central no debate sobre imigração. A Suprema Corte, que já decidiu sobre o programa duas vezes, pode em breve ter a oportunidade de dar uma palavra final sobre seu destino.

Contribuição da Associated Press.

As Declarações de Trump
Em tom enérgico, Trump acusou as autoridades locais de negligência e destacou a necessidade de uma revisão nas práticas de manejo florestal. “A Califórnia enfrenta isso todo ano porque não faz o básico, como limpar as florestas e melhorar o sistema de drenagem. Isso não é culpa do clima, mas de uma gestão incompetente”, afirmou Trump.

Além disso, ele criticou políticas ambientais mais restritivas, sugerindo que elas dificultam ações preventivas eficazes contra incêndios de grande escala. Segundo Trump, “as regulamentações atuais tornam impossível realizar cortes seletivos e queimadas controladas, práticas que poderiam evitar esse caos”.

Repercussão e Debate
As declarações de Trump rapidamente geraram reações de líderes políticos e especialistas em meio ambiente. Gavin Newsom, governador da Califórnia, rebateu as críticas, destacando que as mudanças climáticas são um fator chave nos incêndios florestais. “O aumento da frequência e da intensidade dessas tragédias é um reflexo direto do aquecimento global. Precisamos de soluções reais, não de ataques políticos”, afirmou Newsom.

Especialistas também apontam que a seca extrema, alimentada pelas mudanças climáticas, agrava a vulnerabilidade da região. “Embora melhorias na infraestrutura sejam necessárias, é impossível ignorar o impacto do clima. A Califórnia enfrenta temperaturas mais altas e ventos secos, criando um ambiente perfeito para a propagação de incêndios”, explicou a climatologista Sarah Jenkins.

O Impacto dos Incêndios
Os incêndios na Califórnia já destruíram milhares de hectares, forçando a evacuação de milhares de pessoas e causando mortes. Além das perdas humanas, o impacto econômico e ambiental é devastador. Habitats naturais estão sendo destruídos, enquanto a poluição causada pela fumaça compromete a qualidade do ar em várias regiões dos Estados Unidos.

Infraestrutura em Foco
A crítica de Trump trouxe à tona um ponto importante: a necessidade de investimentos robustos na infraestrutura de prevenção de desastres. Segundo relatórios recentes, a Califórnia tem cerca de 33 milhões de hectares de florestas, sendo que uma parte significativa delas está em áreas públicas que carecem de manutenção adequada.

“Infraestrutura é, de fato, uma parte importante da solução, mas não podemos tratar isso como um problema isolado. Precisamos de uma abordagem integrada que inclua gestão florestal, políticas climáticas e educação ambiental”, afirmou o ambientalista Robert Moore.

O Que Fica de Lições?
O debate gerado pelas declarações de Trump evidencia a complexidade dos desafios enfrentados pela Califórnia. A combinação de políticas eficazes, investimentos e conscientização será essencial para enfrentar o aumento dos incêndios florestais.

Últimas Atualizações:

• As chamas continuam a se espalhar por áreas urbanas e rurais, dificultando o trabalho das equipes de resgate.
• O presidente Joe Biden declarou estado de emergência federal, liberando recursos para o combate ao fogo.
• Novas ondas de calor são esperadas nos próximos dias, elevando o nível de alerta na região.

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