Operação revela esquema de falsificação que pode render até 15 anos de prisão e deportação
BOSTON – Um esquema ousado de falsificação de documentos federais foi desmantelado nesta semana, com a prisão de Liene Jr., de 39 anos, um brasileiro residente em Woburn, Massachusetts. Ele é acusado de vender Green Cards e cartões de Previdência Social falsos — e tudo isso acabou desmascarado por um agente federal disfarçado.
Segundo as autoridades, Júnior caiu em uma armadilha cuidadosamente montada pela Força-Tarefa de Fraude de Documentos e Benefícios (DBFTF). Em outubro de 2024, ele teria vendido um cartão de número de Previdência Social e um Green Card falso por US$ 250 ao policial infiltrado. Já em dezembro, voltou a negociar: dois novos kits de documentos ilegais por US$ 500.
Agora, ele enfrenta uma acusação federal de transferência ilegal de documentos de autenticação, um crime que pode levá-lo a cumprir até 15 anos de prisão, além de três anos de liberdade supervisionada e uma multa de até US$ 250 mil. E mais: caso condenado, poderá ser deportado ao final da pena.
Operação de Alto Nível e Cooperação Entre Agências
A prisão foi anunciada por um time de peso, incluindo a procuradora dos Estados Unidos Leah B. Foley, o Homeland Security, a Administração da Previdência Social, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos e o ICE (Serviço de Imigração e Alfândega).
O caso está sendo conduzido pelo procurador assistente dos Estados Unidos John J. Reynolds III, com base em investigação conjunta da DBFTF, uma força-tarefa especializada em desmascarar esquemas de fraude de identidade e documentos falsos.
“Essa prisão envia um recado claro: os Estados Unidos não tolerarão fraudes contra o sistema de imigração ou previdência. Vamos continuar caçando e derrubando essas redes criminosas”, disseram as autoridades em nota oficial.
Presunção de Inocência
Vale lembrar: as acusações apresentadas ainda são alegações. O réu é presumido inocente até que sua culpa seja provada em julgamento justo, conforme as leis dos Estados Unidos.