Os esforços do governo para endurecer a fiscalização contra imigrantes indocumentados nos Estados Unidos têm sido comprometidos por vazamentos internos que alertam alvos antes das operações ocorrerem. Agora, dois funcionários do Departamento de Segurança Interna (DHS) foram identificados como os responsáveis por revelar informações confidenciais sobre as ações do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), colocando em perigo a vida de agentes federais.
A revelação foi feita pela secretária Kristi Noem, que classificou a situação como uma grave ameaça à segurança nacional.
“Identificamos dois vazadores dentro do DHS que repassaram informações sigilosas sobre nossas operações. Essas ações irresponsáveis colocaram em risco a vida de agentes da lei e comprometeram o cumprimento das leis de imigração. Vamos processá-los e garantir que sejam responsabilizados pelo que fizeram”, afirmou Noem em um comunicado contundente.
Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados, mas, segundo a porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, ambos deverão enfrentar acusações criminais severas.
“Estamos preparando o encaminhamento desses indivíduos ao Departamento de Justiça para que sejam processados criminalmente. As penalidades podem chegar a até 10 anos de prisão federal. Não vamos tolerar traições dentro de nossas fileiras. Cada vazador será identificado e levado à justiça”, garantiu McLaughlin em entrevista à Fox News.
Vazamentos preocupam o ICE e geram temor entre agentes
A revelação de operações sigilosas do ICE não é um problema novo, mas os recentes vazamentos têm causado indignação entre os agentes da imigração, que temem por sua segurança. Um oficial do ICE, sob anonimato, revelou à Fox News que a antecipação das operações na mídia cria um ambiente de extremo risco para os agentes em campo.
“Esses vazamentos não apenas atrapalham nosso trabalho, mas colocam nossas vidas em perigo. Existe um medo real de que um agente do ICE possa ser morto devido a essas traições internas”, afirmou a fonte.
Casos recentes incluem operações frustradas em Los Angeles e Aurora, no Colorado, que foram vazadas antes da execução, permitindo que alvos fugissem e tornando as incursões menos eficazes. No mês passado, Tom Homan, ex-diretor interino do ICE e atual conselheiro de políticas de fronteira, afirmou que as investigações estavam avançando para identificar o responsável por um vazamento específico na operação de Aurora.
Acusações contra o FBI e a luta contra o ‘Estado Profundo’
A crise dos vazamentos também reacendeu críticas contra o FBI, frequentemente acusado por setores conservadores de agir politicamente em investigações federais. Noem não poupou palavras ao acusar a agência de corrupção sistêmica.
“O FBI está profundamente corrompido”, escreveu Noem em sua conta no X (antigo Twitter). “Vamos trabalhar com todas as agências necessárias para erradicar esses vazadores e levar à justiça os agentes do ‘Estado Profundo’ que minam a segurança nacional dos EUA.”
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, reforçou a postura dura do governo em relação ao vazamento de informações sigilosas. Em entrevista ao programa “Fox Report”, ela foi categórica:
“Quem vaza informações confidenciais não entende o perigo que isso representa para nossos agentes da lei. Mas nós vamos descobrir quem são e garantir que enfrentem as consequências”, afirmou Bondi. “Esses vazamentos não nos deterão. Não vão impedir a missão do presidente de tornar a América segura novamente.”